Haddad diz que 'primeira medida' para negociar tarifaço de Trump é tentar interlocução com EUA
Ministério da Fazenda prepara medidas para mitigar impacto das tarifas americanas sobre produtos brasileiros. Governo busca estabelecer diálogo com os EUA para negociar alternativas e minimizar prejuízos.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas por tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, impostas pelos Estados Unidos.
O governo estuda um plano de contingência, incluindo linhas de crédito, que será apresentado ao presidente Lula na próxima semana.
Segundo Haddad, tanto brasileiros quanto americanos pagarão mais caro por produtos como café, suco de laranja e carne.
O ministro confirmou que o plano de apoio aos setores impactados está pronto e aguarda a decisão final de Lula. O governo também espera retorno dos EUA sobre uma carta enviada em maio, propondo negociações.
Haddad destacou a importância de interlocução com os EUA, alertando que ex-assessores de Jair Bolsonaro estão obstruindo o diálogo.
Além disso, Haddad defendeu o Pix como uma tecnologia de pagamento superior àquelas desenvolvidas nos EUA.
Minerais críticos como lítio e nióbio são de interesse dos EUA, segundo o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar. Entretanto, negociações devem ser decididas pelo governo brasileiro.
O vice-presidente Geraldo Alckmin está liderando as negociações para evitar que as exportações brasileiras sejam afetadas pela sobretaxa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Haddad reportou que as informações sobre as negociações com os EUA estão concentradas na Casa Branca e destacou a importância de vontade recíproca para o diálogo.