Haddad diz que “não há alternativa” ao aumento do IOF e sinaliza chance de “shutdown”
Ministro da Fazenda destaca a importância do aumento do IOF para evitar crise fiscal. Reunião com líderes do Congresso busca alternativas fiscais e prevenção de impactos negativos na operação do governo.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há alternativas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração ocorreu após reunião com os presidentes do Senado e da Câmara.
Mais de 20 projetos foram protocolados no Congresso para sustar o decreto do Executivo.
Haddad destacou que recebeu sugestões da Febraban e alertou para os impactos de uma eventual rejeição da medida, sugerindo um possível shutdown da máquina pública.
Ele explicou os motivos para a elevação do IOF e a necessidade de manter a medida, ressaltando que os presidentes do Congresso expressaram preocupação com a derrubada do decreto.
Os presidentes da Câmara e do Senado pediram ao governo alternativas fiscais de médio e longo prazo e uma nova reunião está prevista para a próxima semana.
O decreto aumentou as alíquotas do IOF em diversas operações e busca arrecadar R$ 20 bilhões em 2025 e o dobro em 2024.
Após repercussão negativa, a cobrança de 3,5% sobre remessas para investimentos internacionais foi cancelada, mantendo essas operações isentas.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, confirmou que não se discute a revogação do decreto, alertando que tal ação causaria um colapso na máquina pública.