Haddad diz que governo dos EUA está 'aberto a conversar' sobre tarifaço, mas prepara plano de proteção ao emprego

Ministro da Fazenda destaca preparação do Brasil para enfrentar o tarifaço dos EUA e a possibilidade de medidas de proteção ao emprego. Negociações entre Brasil e Estados Unidos continuam, com expectativa de diálogo entre os presidentes Lula e Trump.

Haddad: Brasil preparado para enfrentar tarifaço dos EUA

No dia 29 de agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há sinais de que os EUA estão abertos a discutir as tarifas de importação, que podem atingir 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de setembro.

Haddad destacou que o Brasil não abandonou as negociações e observa uma maior sensibilidade entre autoridades americanas.
O governo brasileiro se prepara com um plano de contingência para proteger empresas e trabalhadores caso a medida seja implementada.
Considerando o impacto do tarifaço, a Amcham Brasil estima que cerca de 10 mil empresas podem ser afetadas, empregando 3,2 milhões de pessoas.

Possibilidade de proteção ao emprego

Haddad mencionou que a adoção de um plano de proteção ao emprego, semelhante ao que ocorreu durante a pandemia, está em discussão, mas a decisão final caberá ao presidente Lula.

Trump justificou o tarifaço com argumentos políticos, visando pressionar outros países a abrir seus mercados.
Haddad acredita que a data do tarifaço pode ser alterada após negociações.
O contato direto entre Lula e Trump é uma possibilidade, visando uma conversa respeitosa.

O ministro enfatizou a importância de preparar bem as negociações para que o diálogo seja digno e construtivo entre os dois países.