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Haddad defende taxação de super-ricos na reunião dos ministros de Finanças do Brics

Ministro ressalta que acordo internacional sobre tributação visa garantir que os super-ricos contribuam de forma justa. A proposta reflete a busca por um sistema tributário global mais inclusivo e equitativo.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou que os países do Brics apoiarão uma convenção da ONU sobre cooperação tributária internacional.

Ele destacou que a iniciativa é crucial para um sistema global mais justo e eficaz, focando na taxação dos super-ricos.

Haddad afirmou: "O Brics confirma sua vocação de defesa do multilateralismo". Ele se dirigiu aos ministros das Finanças e Governadores de Bancos Centrais do Brics, no Rio, reforçando que é uma condição para que os ricos paguem sua justa parte de impostos.

A declaração é feita em meio à discussão sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil. Haddad ressaltou que os ricos pagam menos impostos que os pobres.

Ele também mencionou propostas em três frentes:

  • Frente econômica: facilitar o comércio e investimento entre os países do Brics, com foco na tributação dos ricos.
  • Frente climática: desenvolvimento de instrumentos para a transformação ecológica, com destaque para o Tropical Forest Forever Facility.
  • Frente social: mobilização de recursos para garantir segurança alimentar e proteção social.

Haddad caracterizou o novo multilateralismo como uma “reglobalização sustentável”, focando no desenvolvimento social, econômico e ambiental.

Ele destacou que o Brics tem a legitimidade necessária para liderar essa transformação global e a inclusão de novos membros, como Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.

Haddad concluiu que a proposta de um FMI mais representativo e a consolidação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) são conquistas da presidência brasileira, reforçando a busca por uma ordem econômica global mais justa.

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