Haddad compara IOF a juros e reconhece impacto na indústria
Haddad defende o aumento do IOF como uma medida necessária para fortalecer as contas públicas, apesar das críticas do mercado e da indústria. O ministro ressalta que a alta do imposto é equiparada ao aumento da Selic, impactando o custo do crédito.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compara alta do IOF à Selic. Em entrevista, afirmou que o aumento do IOF encarece o crédito para a indústria, assim como a Selic.
A equipe econômica elevou as tarifas do IOF para aumentar arrecadação federal, esperando R$ 20,5 bilhões com a medida, visando fortalecer as contas públicas.
A alteração foi vista como “controle cambial” pelo mercado financeiro, impactando o fluxo de dólares e a oferta e demanda por câmbio.
Após críticas, o governo revogou a norma para investimentos. Haddad mencionou que tem até o final da semana para compensar perdas com dois centrais opções.
O ministro acrescentou que empresários compreendem aumentos na Selic e devem ter entendimento similar sobre o IOF. Durante um evento no Rio, afirmou: “Quando aumenta a Selic, aumenta o custo de crédito”.
Por outro lado, a CNI criticou a elevação da Selic em maio, considerando a medida “equivocada”.
Haddad ressaltou que as taxas do IOF eram maiores em governos anteriores e pediu que jornalistas verificassem as informações.
A maioria das taxas propostas é menor do que nos anos de Jair Bolsonaro, mas algumas não terão as reduções gradativas prometidas. Por exemplo, a taxa sobre transações com cartão internacional permanecerá em 3,5%, ao invés de cair para 0% em 2028.