Haddad comete imprecisão ao dizer que alíquota do IOF é menor
Haddad refuta afirmações sobre a queda do IOF no governo Bolsonaro e defende que sua gestão mantém alíquotas inferiores. Ele destaca que as reduções propostas por Guedes ainda não estavam em vigor durante a maior parte do mandato anterior.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a cobrança do IOF era maior no governo Jair Bolsonaro. Entretanto, o ex-ministro Paulo Guedes anunciou a intenção de zerar as alíquotas de IOF até 2028.
Em janeiro de 2025, Guedes planejou eliminar o IOF sobre operações de câmbio internacionais e publicou um decreto em março de 2025 para uma redução gradual. Esse movimento já apresentava queda nas alíquotas desde o governo Lula.
O governo Lula reduziu a alíquota de empréstimos externos de 6,0% para 0%, enquanto Haddad aumentou para 3,5% em certas operações.
A equipe econômica sustenta que a medida é para uniformização e estabilidade nos fluxos de entrada e saída de moeda, “sem retornar à carga vigente até 2022”.
Em 2023, as taxas para cartões de crédito no exterior diminuíram de 6,38% para 5,38% e devem chegar a 4,38% em 2024.
A alíquota de aquisição de moeda estrangeira em espécie iria de 1,1% para 0% em 2028, e em 2029 todas as operações de IOF ficariam isentas, resultando em uma renúncia fiscal de R$ 19,1 bilhões no período.
Os Conselho de Ministros da OCDE começaram as discussões sobre a adesão do Brasil em janeiro de 2022, sem que as medidas de Guedes fossem imposições.
Haddad declarou em 23 de maio de 2025 que o governo anterior não praticou reduções efetivas do IOF, e que as alíquotas foram superiores durante toda a administração anterior. A alíquota do cegão do câmbio, que seria de 3,38%, aumentou para 3,50% com Haddad.
Considere as declarações de Haddad e Guedes ao avaliar o impacto das políticas de IOF nos últimos governos.