Haddad classifica como 'extraordinária' reunião com líderes partidários sobre alternativa à alta do IOF
Ministro da Fazenda busca consenso com líderes do Legislativo para mitigar impactos da elevação do IOF. A reunião ressalta a pressão do mercado e do Congresso sobre o governo para encontrar alternativas viáveis.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (8) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de líderes partidários.
O foco da reunião era apresentar medidas alternativas à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
A discussão começou às 18h na Residência Oficial da Câmara, em Brasília, e se estendeu até pouco depois das 23h.
Com a alta do IOF, a equipe econômica esperava arrecadar R$ 20 bilhões neste ano.
Reação negativa: O anúncio da alta, feito há duas semanas por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerou forte reação no mercado e no Congresso, resultando em mais de 20 propostas para derrubar o decreto.
Como resposta, o governo revogou parte da medida, excluindo o aumento do IOF sobre fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir em R$ 1,4 bilhão a arrecadação.
Haddad se reuniu anteriormente com Motta e Alcolumbre e foi cobrado por soluções "estruturantes" para o problema.
O prazo acordado foi de dez dias para que o Planalto apresentasse propostas alternativas.
Hugo Motta, na coletiva de sábado, destacou que espera uma decisão sobre o assunto ainda neste domingo, mas não descarta pautar um projeto para derrubar a alta do IOF.
Derrubada de decreto: Em 25 anos, o Congresso não utilizou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto presidencial, o que é considerado uma
derrota significativa para o governo.