Haddad atribui alta da Selic em março à gestão Campos Neto
Haddad atribui alta da Selic à gestão de Campos Neto e destaca influência dos diretores nomeados por Lula. O ministro também critica a administração anterior e ressalta os desafios enfrentados na Fazenda.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsabiliza a gestão do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela alta da taxa Selic. Em declaração feita em 20 de março de 2025, ele omitiu que quatro dos nove integrantes do Copom foram indicados pelo presidente Lula.
Durante o programa “Bom Dia, Ministro”, Haddad citou o guidance usado na política monetária, indicando que a Selic foi elevada de 13,25% para 14,25%, com uma nova alta prevista para maio.
Sobre a reunião de dezembro, Haddad mencionou que houve decisões para duas novas altas de 1 ponto percentual em 2025 devido a contratações anteriores da gestão Campos Neto. Ele ressaltou a dificuldade de mudar a política monetária ao assumir o cargo.
Haddad criticou Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, afirmando que administrar a situação fiscal foi desafiador após 2022. Ele elogiou a equipe do Banco Central, destacando sua competência.
Embora Haddad atribua a alta da Selic à gestão anterior, o voto do atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e dos demais integrantes indicados por Lula teve maior influência.
A taxa IPCA foi de 5,06% nos últimos 12 meses, enquanto a meta de inflação é de 3% com tolerância de 1,5% a 4,5%. O Banco Central prevê descumprir a meta em junho.