HOME FEEDBACK

Haddad admite cenário de tarifaço no dia 1º e atribui "sanção" aos Bolsonaros

Haddad critica tarifas americanas sobre produtos brasileiros e destaca a importância das negociações. O ministro reafirma que o governo está comprometido em buscar soluções e manter o diálogo com os EUA.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil não sairá das negociações com os Estados Unidos e classificou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como uma “verdadeira sanção”. Segundo ele, a razão para essa tarifa seria a relação individual entre Trump e Bolsonaro.

Haddad declarou que a orientação do presidente Lula é de não dar razões para sofrer esse tipo de sanção, afirmando que o governo está permanentemente engajado na negociação.

Ele destacou que a equipe econômica está considerando vários cenários para o desenrolar da situação, incluindo a possibilidade de falta de avanço até o dia 1º, data em que o tarifaço começa a vigorar. “Esse não é o único cenário”, disse.

O ministro também anunciou que o Brasil já enviou uma segunda carta proposta aos EUA na semana passada, além da proposta feita em maio, que ainda não foi respondida. Haddad reiterou a intenção de insistir na negociação comercial para aproximar os dois países.

Ele mencionou que o Brasil se reuniu mais de dez vezes com autoridades americanas neste ano e questionou a mudança repentina da tarifa de 10% para 50%: “O que mudou?”

Haddad ressaltou que o Brasil não está sozinho nessa questão, citando México, Canadá, Ásia e Europa, mas destacou a particularidade da política brasileira. “Há uma força de extrema-direita no Brasil que age contra os interesses nacionais”, afirmou.

O ministro também observou que mesmo o Canadá, vizinho dos EUA, está enfrentando dificuldades com as imposições americanas. Em relação aos Brics, ele apontou que o comércio entre China, Índia e Rússia aumentou mais do que entre o Brasil e a Rússia.

Por fim, Haddad destacou que as tarifas sobre Índia e China são menores em comparação ao Brasil, questionando a justificativa para a tarifa de 50% e ligando ao contexto da relação pessoal entre Trump e Bolsonaro.

Leia mais em valoreconomico