Há distorções em emendas e verbas do governo, diz Rodrigo Maia
Rodrigo Maia critica a distribuição de emendas no Congresso e defende a necessidade de uma política pública clara para a alocação de recursos. Ele afirma que tanto o Legislativo quanto o Executivo carecem de critérios que garantam uma aplicação mais justa e eficiente do orçamento.
Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, criticou a distorção na distribuição de emendas no Congresso e na aplicação de recursos pelo governo federal.
Maia afirma que o sistema eleitoral não favorece uma distribuição justa, pois São Paulo tem menos deputados em relação a estados menores que possuem um mínimo de 8 parlamentares. Ele comentou sobre como a alocação de verbas discricionárias no Parlamento é problemática.
O ex-presidente destacou a falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo, algo que, segundo ele, não ocorreu nem com Jair Bolsonaro nem com Luiz Inácio Lula da Silva.
Maia questionou se o uso discricionário do governo é melhor que o do Congresso, respondendo que é igual ou pior, uma vez que o Parlamento, com 513 deputados, representa de maneira distorcida a sociedade.
Ele enfatizou que “o que está errado” é o Congresso não ter critérios para aplicar emendas, defendendo que a política pública deveria ser apresentada pelo governo, enquanto o Congresso deveria encaixar suas emendas a essas diretrizes.