Há 80 anos, suicídio de Hitler abria caminho para fim da 2ª Guerra
Suicídio de Hitler marca o colapso do regime nazista e se torna um simbolismo da derrota alemã. Apenas uma semana depois, a rendição incondicional do país seria formalizada, selando o fim da Segunda Guerra.
Em 30 de abril de 1945, há 80 anos, Adolf Hitler se matou com um tiro na têmpora direita, às 16h, usando uma pistola Walther, calibre 7,65.
Hitler, responsável pela morte de milhões durante o regime nazista (1933-1945), havia planejado seu suicídio ao ver as tropas soviéticas se aproximarem de seu bunker em Berlim, onde se escondia desde janeiro.
Não está claro se ele soube da execução de Benito Mussolini e sua amante dois dias antes. Hitler desejava evitar um destino semelhante, como o de Mussolini, cujo corpo foi mutilado e exposto ao público.
O historiador Hugh Trevor-Roper relata que Hitler e Eva Braun, casados na véspera, ordenaram que seus corpos fossem destruídos para evitar um espetáculo para seus inimigos.
Otto Günsche, assistente de Hitler, pediu 200 litros de gasolina para incineração dos corpos, e cerca de 180 litros foram levados ao jardim da Chancelaria, onde hoje há um estacionamento.
Após um único disparo, Günsche encontrou os corpos de Hitler e Eva Braun. Ele declarou: “Der chef ist tot”, “o chefe está morto”.
O suicídio de Hitler não resultou na rendição imediata da Alemanha, mas preparou o caminho para isso. O almirante Karl Donitz, sucessor indicado por Hitler, enviou o general Alfred Jodl para negociar com os Aliados.
Em 7 de maio, foi assinado o documento de rendição incondicional, oficializando a derrota alemã no dia seguinte, após a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho.