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Há 50 anos, geada negra mudaria geografia do café no Brasil

Cinquenta anos após a geada negra de 1975, o Paraná vive uma nova realidade no setor cafeeiro. A devastação das lavouras impulsionou uma migração em massa e transformou a paisagem agrícola, reduzindo a importância do café na economia do estado.

Geada negra completa 50 anos: Em 17 de julho de 1975, o Paraná enfrentou uma terrível geada que dizimou suas lavouras de café, baixando a temperatura a -9°C.

A comunicação da época não alertou os agricultores, que subestimaram a gravidade da situação. O estado, até então o maior produtor nacional de café, sofreu transformações profundas.

  • Êxodo Rural: Pequenos produtores e trabalhadores migraram para as cidades em busca de novas oportunidades.
  • Concentração de Terras: Muitos foram forçados a vender suas propriedades, gerando uma concentração de terras nas mãos de poucos.
  • Transição Agrícola: O governo militar promovia a diversificação das lavouras, substituindo o café por culturas mecanizadas como soja e trigo.

Na década de 1970, o Paraná viu um êxodo rural estimado em 2,5 milhões de pessoas, com histórias de transformação como a de Edeni Ramos Vilela e sua família, que deixaram a cafeicultura para cultivar cana-de-açúcar.

Memórias: O passado cafeeiro do Paraná ainda é lembrado em museus, como o Museu Histórico de Londrina, que reconstitui o processo de produção e tem uma pequena plantação de café.

Declínio da Cafeicultura: Nos anos 1960, o Paraná tinha 1,8 milhão de hectares com café, produzindo 20 milhões de sacas (64% do Brasil). Hoje, produz apenas 712 mil sacas, representando 1,26% do total nacional.

Com a geada, novos estados como Minas Gerais e Espírito Santo ganharam destaque na produção cafeeira.

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