Guimarães minimiza reação da Câmara a decreto do IOF

José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara, minimizou a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar em urgência o PDL que tenta sustar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Guimarães afirmou que o governo encara a situação com tranquilidade e negou que as relações com o governo tenham sido afetadas. Ele defendeu as medidas do ministro Fernando Haddad como essenciais para evitar novo contingenciamento de despesas públicas.

As críticas ao governo aumentaram pela elevação da arrecadação sem um plano sólido de corte de gastos. A oposição no Senado emitiu uma nota contra o pacote fiscal, alegando que as medidas afetam o investimento de longo prazo.

Guimarães descreveu a MP como oferecendo um “bom corte” nas despesas, com inclusão do Pé-de-Meia ao piso da educação e regras mais duras para o Auxílio Doença.

O líder destacou que o governo não pretende furar o teto fiscal aprovado. Ele planeja reuniões bilaterais para mitigar a resistência ao pacote fiscal, e a ministra Gleisi Hoffmann deve se encontrar com líderes partidários na próxima semana.

O União Brasil e o Progressistas anunciaram que se oporão a qualquer proposta de aumento de impostos com suas bancadas somando 123 congressistas.

Sobre o ofício do ministro do STF, Flávio Dino, que pediu explicações sobre R$ 8,5 bilhões em emendas, Guimarães afirmou que a medida “atrapalha” o clima no Legislativo.

Após a decisão, Motta convocou uma reunião pressionada com os líderes, expressando descontentamento com a ação de Dino. Guimarães, porém, negou que isso tenha alterado a posição dos líderes.

Os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP) se reuniram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para suavizar os impactos da decisão de Dino.