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Guillen: Na incerteza, são necessárias transparência e gradualidade do BC

Banco Central defende cautela e flexibilidade na política monetária em meio a incertezas externas. O diretor Diogo Guillen comenta sobre os impactos de tarifas e novas medidas fiscais no crescimento econômico.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que, diante de incertezas externas, é necessário ter transparência e gradualidade na política monetária.

Ele destacou que a autoridade monetária deve comunicar claramente seu trabalho, sem a necessidade de estabelecer um guidance para decisões futuras.

Em evento da XP Investimentos, em Washington, Guillen afirmou: "Precisamos ser muito cuidadosos e mais flexíveis" e enfatizou a importância de não mudar a função de reação do BC.

Comentando o cenário externo, ressaltou a alta incerteza pela política econômica dos EUA sob Donald Trump, mencionando as tarifas que geraram ruídos nos mercados.

Ele considerou precoce avaliar o impacto das tarifas na economia brasileira, ponderando que "é difícil acreditar que o país possa se beneficiar". Também falou sobre choques financeiros que podem ter impactos.

No cenário doméstico, Guillen observou que a autoridade monetária não incorporou nos modelos os efeitos da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e do consignado privado.

Sobre o Imposto de Renda, ele afirmou que é cedo para estimar, pois o projeto ainda não foi analisado pelo Congresso Nacional. Podendo ser neutro para a fiscalidade, mas não para o crescimento, devido ao aumento de dinheiro na classe média.

Referente ao consignado privado, Guillen mencionou a necessidade de analisar se as dívidas estão sendo trocadas de forma mais vantajosa e o impacto na oferta de crédito, crescimento e inflação.

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