Guilherme Campos defende cronograma do Plano Safra e nega “maquiagem”
Secretário de Política Agrícola reforça credibilidade do Plano Safra 2025/26 e afirma que equipes estão preparadas para mudanças. Financiamento total para médios e grandes produtores alcança R$ 516,2 bilhões, com aumento nas taxas de juros.
Guilherme Campos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, defendeu o cronograma do Plano Safra 2025/26 para a agricultura empresarial. Ele negou “maquiagem” no montante do programa, conforme divulgado pelo Estado de S.Paulo em 8.jul.2025.
Campos afirmou que o atraso na votação do Orçamento impactou a definição do plano, mas que o lançamento foi mantido em prazo habitual. Ele destacou a Selic de 15% e a meta fiscal como desafios na formação do plano.
O governo destinará R$ 516,2 bilhões em financiamentos para médios e grandes produtores, com um crescimento de 1,5% em relação à safra anterior (R$ 508,6 bilhões).
O Plano Safra é uma política pública que oferece crédito rural com condições especiais para produtores agropecuários. Ele é dividido em duas frentes:
- Agricultura familiar (via Pronaf)
- Medios e grandes produtores (agricultura empresarial)
O objetivo é garantir o financiamento da produção, estimular investimentos e assegurar a oferta de alimentos no Brasil. O governo busca reduzir riscos e aumentar a produtividade no setor.
As taxas de juros do crédito rural aumentaram entre 1,5 e 2 pontos percentuais, variando agora de 8,5% a 14% ao ano, comparado a 7% a 12% na safra anterior.
Os recursos estarão disponíveis para contratação em até 15 dias após o anúncio, realizado no Ministério da Agricultura em Brasília.
Campos também respondeu a críticas sobre a inclusão das CPRs no total do plano, afirmando que é uma adequação à realidade, mencionando R$ 180 bilhões de títulos que não poderiam ser excluídos.
O deputado Pedro Lupion criticou o aumento das taxas de juros, indicando que isso custará mais de R$ 58 bilhões aos produtores. Este é o recorde apresentado pelo governo na semana passada.