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Guerras, geopolítica, crise energética: como a economia global consegue evitar todos os desastres

Apesar dos desafios geopolíticos e da incerteza econômica, a resiliência das cadeias de suprimentos e o suporte governamental têm mantido a confiança dos investidores. A história se repete, com mercados se mantendo fortes mesmo em meio a crises globais.

Investidores britânicos em 1940 se mantiveram otimistas após a invasão da França por Hitler, resultando em retornos reais de 100% ao fim das hostilidades.

Hoje, perigos geopolíticos como a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e inflação persistente criam um cenário de "policrise".

Apesar do pessimismo das famílias, a economia global continua a crescer em cerca de 3% ao ano. Desde 2011, essa taxa se manteve estável, mesmo em crises como o Brexit e a invasão russa da Ucrânia.

O VIX, indicador de volatilidade, está abaixo da média histórica, com ações americanas em ascensão e uma recuperação rápida após quedas. Consumidores, apesar do desânimo, estão gastando livremente.

Os dados do FMI indicam que apenas 5% dos países estão em caminho de recessão. O desemprego na OCDE está abaixo de 5%, próximo ao menor nível histórico.

Os investidores demonstram otimismo, com a maioria das bolsas de valores a apenas 5% de suas máximas históricas. A recuperação da bolsa da Ucrânia após a queda inicial ilustra essa tendência.

Um enigma surge: com a geopolítica conturbada, a economia se mostra resiliente. Estudos do Federal Reserve indicam que a incerteza geopolítica está menos relacionada a recessões do que no passado.

A nova “economia de teflon” mostra que as empresas estão mais adaptáveis a choques, enquanto governos oferecem proteção robusta para suas economias.

As cadeias de suprimento provaram ser resilientes, e o crescimento do gás e petróleo de xisto nos EUA reduziu a dependência do Oriente Médio.

Embora os gastos públicos tenham aumentado, levantam questões sobre a sustentabilidade e a necessidade de cortes futuros.

O futuro é incerto: risco de colapsos financeiros e choques geopolíticos ainda podem desafiar a economia. Um potencial conflito em Taiwan pode impactar a oferta global de semicondutores.

Os investidores estão apostando que os governos assegurarão seus lucros. Entretanto, a conta pela proteção pode ser elevada em crises futuras.

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