Guerra na Ucrânia mostra o sonho de Putin por algo que ele não pode ter
Putin busca apoio interno por meio da legalidade, enquanto seus esforços de legitimação enfrentam o isolamento internacional. A guerra na Ucrânia se torna o palco decisivo para suas ambições de poder, desafiando a compreensão ocidental.
Vladimir Putinadvogado no poder, utiliza sua formação jurídica para sustentar sua legitimidade ao governar. Desde seu início no mandato, ele enfatiza a importância da lei para justificar ações repressivas na Rússia.
Putin enfrenta um desafio constante na busca por legitimidade, já que seu poder não é baseado na preferência popular. Ele utiliza referendos e eleições fraudulentas para dar aparência de apoio, mas essas medidas têm limites.
A rapidez do apoio no início do mandato se dissipou após protestos em 2012, levando a uma ênfase em valores russos tradicionais e confrontos com o Ocidente, simbolizados pela anexação da Crimeia e pela invasão da Ucrânia em 2022.
Embora suas ações tenham gerado apoio interno, Putin também buscou negociações para evitar isolamento diplomático, tentando negociações com o Ocidente, que falharam. Recentemente, mostrou sinais de flexibilidade em relação a diretrizes para acordos de paz, mas suas exigências permanecem rígidas.
O Kremlin considera as negociações como uma forma de reivindicar vitória, mesmo que suas demandas sejam vistas como excessivas. A frustração nas esferas diplomáticas, incluindo a do presidente Trump, reflete a complexidade da situação.
Putin enfrenta um dilema similar ao de Stalin: entre garantir ganhos territoriais ou legitimá-los. Uma escolha por força ao invés de consenso pode resultar em uma vitória, mas não exatamente o que ele almeja.