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Guerra de preços da BYD leva a acerto de contas para carros elétricos na China

A intensa competição e cortes de preços no setor de veículos elétricos da China levantam preocupações sobre a sustentabilidade do mercado. Especialistas alertam para uma possível consolidação, enquanto o governo tenta conter a crise com intervenções.

A guerra de preços na indústria de veículos elétricos da China já afetou os preços das ações e gerou intervenção de Pequim.

Embora o governo tente conter os cortes de preços da BYD, analistas alertam que a demanda fraca e o excesso extremo de capacidade afetarão os lucros e podem forçar concorrentes a fechar.

Mesmo com a diminuição do número de fabricantes, a indústria ainda utiliza menos da metade da sua capacidade.

A China reprova a “competição desenfreada”, convocando líderes do setor. Contudo, tentativas de intervenção anteriores não tiveram sucesso.

A BYD perdeu US$ 21,5 bilhões em valor de mercado desde maio e um analista alerta para uma “consolidação massiva” para lidar com o excesso de capacidade.

Os descontos estão prejudicando margens de lucro, brand equity e podem tornar empresas bem capitalizadas financeiramente insustentáveis.

O Diário do Povo adverte que produtos baratos e de baixa qualidade podem danificar a reputação dos carros “Made in China”.

Embora os cortes sejam atraentes para consumidores, eles geram incerteza: consumidores estão relutantes em comprar carros por medo de preços mais baixos no futuro.

Os CEOs do setor foram instruídos a “autorregular-se” e evitar vendas abaixo do custo. Questões de carros com quilometragem zerada emergem como uma prática polêmica.

As montadoras chinesas estão oferecendo descontos mais agressivos do que as internacionais, gerando preocupações sobre potencial dumping e pressão sobre fornecedores.

Com uma taxa de utilização de 49,5% até 2024, a indústria automotiva da China enfrenta um excesso significativo de capacidade.

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