Guerra da Ucrânia tem recorde de ataques aéreos em julho
A intensificação da guerra aérea entre Rússia e Ucrânia em julho revelou um aumento alarmante no uso de drones e mísseis, com recordes de ataques registrados por ambos os lados. As novas tecnologias russas complicam ainda mais a defesa ucraniana, enquanto Kiev se prepara para responder com um aumento na produção de suas próprias armas.
A guerra aérea entre Rússia e Ucrânia atingiu um nível recorde em julho de 2023, após quase três anos e meio da invasão de Vladimir Putin.
Dados das Forças Armadas da Ucrânia indicam que os russos lançaram 6.245 drones e 198 mísseis no mês passado, comparado a apenas 426 armamentos no mesmo período de 2024.
O presidente Volodimir Zelenski denunciou o ataque mais violento do ano em Kiev, com 31 mortos, e apresentou uma contagem diferente: 3.800 drones e 260 mísseis.
62% dos mísseis foram abatidos em julho, enquanto 89% dos drones foram interceptados. No entanto, a ONU registrou 232 civis mortos devido aos ataques.
A Ucrânia também bateu um recorde no lançamento de 3.008 drones contra a Rússia em julho, embora os danos sejam menores.
A produção de drones e mísseis balísticos ucranianos deve aumentar, com analistas temendo um ataque inédito contra Moscou em breve.
O retorno de Donald Trump ao poder nos EUA parece ter impactado a violência na guerra. Ele prometeu reforçar o envio de defesas aéreas para a Ucrânia e alertou sobre novas sanções a Putin.
Os novos drones de ataque a jato de Moscou são uma variante do modelo Gerânio-2, com características aprimoradas que complicam a defesa ucraniana. Eles podem atingir 600 km/h e têm um alcance de 2.000 km.
Custos de armamentos:
- Mísseis ar-solo: até US$ 1 milhão (Iris-T)
- Pac-3: até US$ 4 milhões
- Shahed-136: aproximadamente US$ 25 mil
A Rússia produz atualmente 2.000 drones por mês, com planos de aumentar a produção para 4.000 até o final do ano.