Guerra comercial pode ser disruptiva, e empresas diversificarão exportações, diz CEO de transportadora marítima
CEO da Hapag-Lloyd revela as incertezas do comércio marítimo diante das tarifas de Donald Trump e a importância de diversificação nas cadeias de fornecimento. Ele aponta gargalos de infraestrutura no Brasil e a necessidade de investimentos conjuntos entre setor privado e governo.
Tarifas impostas pelo governo Trump têm causado incertezas no comércio marítimo. Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, afirma que os clientes buscam previsibilidade a curto prazo.
Joint venture recente entre a Hapag-Lloyd e a Norsul criou a Norcoast, focada no transporte marítimo ao longo da costa brasileira. A Hapag-Lloyd enfrenta desafios de infraestrutura no Brasil, que impactam suas operações.
Habben Jansen acredita que parcerias entre setor privado e governo são essenciais para melhorar a infraestrutura e atender o crescimento futuro. Ele também alerta sobre a situação instável no canal de Suez devido a conflitos no mar Vermelho, que resulta em custos adicionais e atrasos nos trajetos marítimos.
As tarifas entre EUA e China criaram incertezas no setor. O CEO sugere diversificação de fornecedores e mercados para mitigar riscos. Ele destaca que, apesar da necessidade de adaptação, o comércio global continuará em crescimento.
O impacto da infraestrutura brasileira sobre a Hapag-Lloyd é significativo, com limitações em portos e capacidade. A empresa espera crescimento no Brasil e tem investido em iniciativas para reduzir emissões de carbono, com metas de redução até 2030 e 2045.
Habben Jansen discute também a sustentabilidade dos biocombustíveis e a complexidade das cadeias de suprimento, enfatizando a importância de transporte eficiente no futuro do comércio global, apesar das incertezas geopolíticas.
O executivo, com vasta experiência no setor, acredita que a adaptação a novos desafios é fundamental para o sucesso contínuo da Hapag-Lloyd.