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Guerra comercial leva Goldman e Fidelity a buscar ganhos no consumo básico na Ásia

A crescente guerra comercial entre EUA e China favorece o setor de consumo na Ásia, com investimentos se deslocando para empresas que atendem à demanda local. Especialistas apontam que a resiliência do mercado doméstico poderá ser impulsionada por estímulos fiscais e menor exposição às exportações.

A guerra comercial global está beneficiando as ações asiáticas de consumo, com investidores buscando empresas que atendam às necessidades essenciais locais.

Bancos como Goldman Sachs e Morgan Stanley recomendaram investimentos em produtos básicos de consumo asiáticos, após novas tarifas dos EUA em 2 de abril.

A Fidelity International investiu em ações chinesas de bens de consumo, prevendo que se beneficiarão de estímulos governamentais.

O MSCI Asia Pacific Consumer Staples Index subiu 5% desde as tarifas, destacando-se entre os setores, enquanto ações como Yonghui Superstores e Kobe Bussan subiram pelo menos 19%.

Essa mudança reflete uma reviravolta de tendência para o setor, que enfrentou dificuldades em meio ao avanço das tecnologias de IA.

A maior demanda por produtos básicos é atribuída a uma desaceleração econômica global, com investidores buscando segurança na resiliência da demanda doméstica.

Os governos asiáticos estão prontos para implementar estímulos fiscais, com a China listando 48 medidas para aumentar gastos e a Coreia do Sul aumentando seu orçamento.

Fidelity aumentou suas participações em ações de consumo em 7 de abril, focando em empresas listadas no continente, que podem se beneficiar mais do apoio de Pequim.

As ações de consumo asiáticas superaram seus pares nos EUA e Europa, apoiadas por promessas de estímulos políticos.

Os estrategistas do Goldman elevaram sua recomendação para o setor, destacando a estabilidade da demanda por produtos básicos.

Enquanto isso, ações de produtos discricionários caíram mais de 5% desde 2 de abril devido a uma expectativa de redução nos gastos não essenciais.

O risco de inflação pode impactar o setor, mas atualmente, produtos básicos são vistos como uma aposta segura, com expectativas de dobrar o crescimento de lucros em relação ao índice MSCI Asia Pacific nos próximos 12 meses.

Conforme o apetite pelo risco retornar, pode haver uma mudança para setores como o discricionário, dependendo da política tarifária dos EUA.

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