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Guerra comercial deve frear crescimento de dois terços dos países emergentes, diz Banco Mundial

Guerra comercial dos EUA pode desacelerar crescimento de economias em desenvolvimento, aponta Banco Mundial. O relatório destaca que a globalização enfrenta retrocessos significativos, com riscos crescentes para o futuro econômico dessas nações.

A guerra comercial global, impulsionada pelos EUA, deve frear o crescimento de quase dois terços das economias em desenvolvimento em 2025, segundo o Banco Mundial.

A globalização, antes responsável por um "milagre econômico", enfrenta retrocesso.

Previsões indicam que os países emergentes e em desenvolvimento devem crescer 3,8% em 2025, abaixo da média de 4,2% em 2024 e mais de um ponto percentual abaixo da média dos anos 2010.

A renda per capita nesses países crescerá apenas 2,9% este ano, em comparação com a média entre 2000 e 2019.

O crescimento global será o mais lento desde 2008, exceto em períodos de recessão.

O relatório aponta prejuízos devido ao ataque ao comércio global liderado por Donald Trump. O comércio global deve desacelerar, caindo para 1,8% em 2025.

Embora o PIB per capita dos países em desenvolvimento tenha quase quadruplicado nos últimos 50 anos, essa transformação agora enfrenta ameaças.

Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, alerta que "fora da Ásia", o mundo em desenvolvimento pode se tornar uma zona sem desenvolvimento.

A queda nos fluxos de investimento estrangeiro direto agrava a situação, com riscos como barreiras comerciais e tensões geopolíticas persistentes.

O Banco Mundial prevê que o PIB per capita dos países ricos se manterá no mesmo nível esperado antes da pandemia, enquanto os países em desenvolvimento estarão 6% abaixo.

Gita Gopinath, do FMI, afirma que as economias emergentes enfrentam um desafio maior que durante a Covid-19.

Apesar dos desafios, investidores têm visto valoração nos mercados emergentes, com o real subindo 11% em 2025 frente ao dólar.

Poupadores e seguradoras destes países estão se afastando de ativos em dólar após a valorização de suas moedas.

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