Guerra comercial de Trump faz dólar bater R$ 5,90 e traz de volta pressão inflacionária sobre o Brasil
A alta do dólar coloca em alerta o governo Lula, que já lidava com um cenário de inflação controlada. Com as tensões da guerra comercial entre EUA e China, a equipe econômica busca estratégias para minimizar os impactos na economia brasileira.
Pressões inflacionárias e alta do dólar voltam a preocupar o governo Lula nesta semana.
A guerra comercial de Donald Trump fez o dólar subir 1,29%, fechando a segunda-feira (7) a R$ 5,91. Isso inverteu a sequência de quedas que havia levado a moeda para R$ 5,70.
A baixa anterior do dólar havia trazido otimismo para a equipe econômica, mas agora o cenário é desafiador.
No dia 8, Trump ameaçou aumentar as tarifas de importação de produtos chineses em 50%, caso a China não recuasse. Essa escalada pode elevar ainda mais o dólar e trazer inflação ao Brasil.
Se a inflação aumentar, a missão do Banco Central para controlá-la ficará ainda mais difícil.
A equipe de Lula prega cautela, acreditando que, a médio prazo, a situação pode se estabilizar e permitir um novo ciclo de queda do dólar e juros.
Os negociadores brasileiros esperam avançar em reunião com o governo Trump sobre tarifas de aço e alumínio, acreditando que uma flexibilização nas alíquotas pode ser uma possibilidade para promover diálogo com China e Europa.