Guerra comercial: como o tarifaço de Trump mudou a rotina e a estratégia das empresas brasileiras
A guerra comercial entre os EUA e a China gera incertezas no comércio global, afetando diretamente empresas brasileiras que buscam novas oportunidades e lidam com desafios de concorrência. Empresários relatam tanto o impacto das tarifas sobre produtos como a expectativa de crescimento nas exportações para o mercado americano.
A escalada tarifária de Donald Trump ameaça romper a ordem econômica global. A China é o principal alvo, enquanto o consumo americano diminui. A disputa comercial gera um "divórcio litigioso" com impactos na economia global e negócios brasileiros.
Empresários brasileiros relatam:
- Encomendas suspensas e investimentos adiados.
- Temor de concorrência com produtos asiáticos desviados para o Brasil.
- Oportunidade de exportar mais para os EUA.
Atualmente:
Tarifas:
- Produtos americanos: 125% na China.
- Produtos chineses: 145% nos EUA.
- Taxa de 10% para produtos brasileiros, aço a 25%.
Exemplos de empresas brasileiras:
- Forbal Automotive: Abriu centro de distribuição na Flórida, investindo R$ 4 milhões, visando consumidores locais.
- Usaflex: Recebeu interesse de varejistas americanos.
- iGUi: Mudou estratégia de exportação, favorecida por taxas atuais.
No setor de tecnologia, a Tecnorise enfrenta desafios devido à dependência de componentes importados, enquanto busca mercados alternativos. A Della Foods vê aumento na antecipação de pedidos e teme inflação.
Empresas de calçados como a Kidy percebem uma janela de oportunidades, mas com riscos de concorrência chinesa no Brasil. Embora a Brawel Máquinas sinta incerteza, acredita que o tarifaço pode ajudar a competitividade.
A iGUi se mantém atenta às mudanças nas tarifas, avaliando possibilidade de produção nos EUA se necessário, mas ainda beneficia-se das atuais condições.
A situação permanece volátil, com o futuro incerto diante das decisões comerciais de Trump.