Guerra comercial com China é "benção" para o Brasil e prejudica agricultores dos EUA
A guerra comercial entre os EUA e a China beneficia os agricultores brasileiros, que estão ampliando sua participação no mercado chinês, enquanto os agricultores americanos enfrentam perdas significativas. A mudança nas relações comerciais pode ter impactos duradouros na indústria agrícola global.
A guerra comercial entre EUA e China tem beneficiado o setor agrícola do Brasil, prejudicando agricultores americanos.
O Brasil se tornou o maior fornecedor de alimentos para a China, superando os EUA, com aumentos significativos nas exportações de soja e carne bovina.
No primeiro trimestre de 2025, as vendas de carne bovina do Brasil para a China cresceram 33%, enquanto as importações chinesas de aves aumentaram 19%.
As exportações agrícolas dos EUA para a China caíram 54% em janeiro, com EUA perdendo sua posição significativa nas vendas de soja e sorgo.
Caleb Ragland, da American Soybean Association, pediu um acordo entre Trump e a China para evitar mais perdas.
A China barrizou uma grande quantidade das exportações de carne bovina dos EUA, não renovando registros de instalações. Além disso, muitas esmagadoras de grãos chinesas interromperam as importações dos EUA devido a tarifas elevadas.
O Brasil e a Argentina estão vendo um aumento na demanda externa, enquanto a participação dos EUA nas importações chinesas de alimentos caiu de 20,7% em 2016 para 13,5% em 2023.
A infraestrutura do Brasil ainda precisa de melhorias, mas a guerra comercial pode estimular investimentos em logística. O acordo de livre comércio UE-Mercosul está por vir, levando à mudança nas fontes de proteína animal.
Com tarifas elevadas nos EUA, preços de ração e alimentos podem aumentar, especialmente se a América do Sul não conseguir aumentar a produção.