Guerra comercial, Bolsas em queda e inflação: entenda em 6 pontos os efeitos do ‘tarifaço’ de Trump
Trump impõe tarifas de importação de até 49% e gera turbulência no mercado global. Reações imediatas de países afetados sinalizam o início de uma guerra comercial com potenciais consequências econômicas graves.
Donald Trump: desde sua posse em 20 de janeiro, vem gerando instabilidade no mercado com mudanças drásticas nas tarifas de importação.
No dia 2 de março, anunciou tarifas de 10% a 49% para a maioria dos países, com a tarifa mínima iniciando em 5 de março.
Essas medidas, feitas em um evento na Casa Branca, têm potencial para intensificar uma guerra comercial, provocar inflação e desacelerar a economia global.
A proposta de Trump visa "reindustrializar" os EUA, alegando que outros países têm "roubado" os americanos. Durante sua administração anterior, a pressão sobre tarifas já era um tema recorrente.
Antes das novas tarifas, ele já havia:
- taxado produtos da China em 10% e do Canadá e México em 25%;
- dublado a taxa da China de 10% para 20%;
- imposto 25% sobre aço e alumínio.
As novas tarifas incluem:
- Vietnã: 46%;
- Camboja: 49%;
- União Europeia: 20%;
- Japão: 24%;
- China: 34% adicionais.
As reações foram negativas, com perdas significativas nas Bolsas de Valores globais. A Bolsa de Nova York viu uma queda de 10% em dois dias.
China foi a primeira a retaliar com uma tarifa de 34% sobre produtos dos EUA, além de penalizar empresas americanas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou preocupação com as consequências globais, que incluem aumento de custos para cidadãos vulneráveis. No entanto, ela não anunciou medidas imediatas.
No Brasil, os produtos pagarão uma tarifa mínima de 10%, gerando alívio, mas com potenciais efeitos adversos para a indústria local.
Especialistas alertam que a guerra tarifária pode levar a uma redução no crescimento global e desorganização das cadeias produtivas.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, enfatizou que as tarifas representam um risco para a economia mundial, enquanto o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou para inflação mais alta e crescimento lento.