Guerra comercial atinge empresas estrangeiras na China com tarifas duplas
Empresas estrangeiras enfrentam tarifas elevadas tanto na importação de componentes quanto na exportação para os EUA. A guerra comercial intensifica os desafios operacionais, tornando a China um mercado cada vez mais complicado para os negócios internacionais.
Fabricantes estrangeiros na China enfrentam taxas de importação de 125% e exportação de 145% para os EUA durante a guerra comercial iniciada por Trump.
Essas empresas, incluindo grandes como Apple e Tesla, dependem da China para fabricação e ficam expostas a tarifas de ambos os lados. Economistas alertam que "elas são atingidas duas vezes".
Em 2022, empresas total ou parcialmente estrangeiras responderam por US$ 980 bilhões das exportações e US$ 820 bilhões das importações da China. Esse cenário contribuiu para um superávit comercial recorde de quase US$ 1 trilhão.
A participação das empresas estrangeiras no comércio da China caiu de 55% em 2008 para 29,6% em 2022, devido a uma política de autossuficiência industrial.
Michael Hart, presidente da Câmara de Comércio Americana, destacou que empresas não americanas que usam insumos americanos também são afetadas. O ministério do comércio da China considera isenções de tarifas para certos setores.
Embora algumas isenções existam para o "comércio de processamento", muitos produtores ainda acham difícil/exportar da China. Jacob Rothman, da Velong Enterprises, mencionou tarifas duplas ao usar o material Tritan em sua produção.
Economistas prevêem que a guerra comercial poderá reduzir novos investimentos estrangeiros na China, que já caíram 27,1% em 2024. Qiu Dongxiao, da Universidade Lingnan, ressalta que isso obriga empresas a reconsiderarem estratégias globais.