Guerra às drogas não funciona e é desperdício de recursos públicos, diz bilionário britânico
Richard Branson critica a guerra às drogas e pede uma nova abordagem baseada na saúde pública. O bilionário defende a descriminalização e regulamentação das substâncias como soluções para o problema do vício e da violência associada ao tráfico.
Richard Branson, bilionário britânico e fundador da Virgin, é membro da Comissão Global de Política de Drogas desde sua criação, em 2011, pelo ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
Branson expressa que o principal desafio no combate ao vício em drogas é o estigma da ilegalidade, que impede usuários de buscarem ajuda. Durante encontro da comissão em Londres, ele compartilhou sua visão sobre políticas de drogas e o impacto da guerra às drogas.
Branson defende uma abordagem que priorize a saúde pública em vez da criminalização, argumentando que as políticas atuais resultaram em um fracasso e em um aumento das drogas no mercado global. Segundo ele, a aplicação de leis rígidas não tornou comunidades mais seguras e gerou um custo humano devastador.
Branson destacou experiências pessoais na indústria da música, lembrando de casos como o do músico Boy George, e reafirma não ser usuário de drogas. Ele critica a imagem do descriminalizador como um usuário, enfatizando que a descriminalização é uma questão de saúde e segurança.
Em relação a Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, Branson elogia sua coragem em desafiar a guerra contra as drogas, reconhecendo o sofrimento causado pela atual abordagem. Ele acredita que é essencial mudar a narrativa pública sobre drogas e cita exemplos de sucesso na descriminalização e regulamentação da maconha em países como Uruguai e Canadá.
Branson conclui alertando que a guerra às drogas não é eficaz e clama por uma reforma que foque na diminuição de danos e no suporte aos usuários. Ele enfatiza a realidade do uso de drogas entre os jovens e pede por soluções que salvem vidas.
Richard Branson é um defensor ativo da mudança na política de drogas mundial e atua em causas sociais por meio de organizações como The Elders e a Comissão Global de Política sobre Drogas.