Grupos vulneráveis são os mais afetados pelas fraudes em aposentadorias do INSS
Fraudes em aposentadorias do INSS afetam grupos vulneráveis, com desvios estimados em R$ 6,3 bilhões. A investigação revela que muitos aposentados não autorizaram descontos em seus benefícios.
Investigação revela fraudes em aposentadorias do INSS
A investigação sobre fraudes relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias do INSS aponta que grupos vulneráveis foram alvos, incluindo moradores de áreas rurais, pessoas com deficiência e analfabetos.
Um caso notável envolve um aposentado de Manacapuru, no Amazonas, que estava vinculado a uma associação que exigia uma viagem de 957 km para adesão. A CGU destaca que é “improvável que um aposentado de 78 anos” percorra essa distância.
Os desvios podem chegar a R$ 6,3 bilhões. Foram identificados 14 aposentados com descontos nos benefícios, mesmo sem poder usufruir das vantagens oferecidas pelas associações.
A CGU destaca que o público-alvo das fraudes são idosos com dificuldades de deslocamento e acesso à internet, muitos residentes na zona rural.
Os descontos foram geridos pela Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer), que está colaborando nas investigações. Dos 1.198 aposentados entrevistados, 1.172 afirmaram não ter autorizado os descontos.
Além disso, novos descontos foram cadastrados após pedidos de cancelamento.
A CGU concluiu que a proteção do INSS aos grupos vulneráveis é insuficiente. O INSS respondeu que os acordos com as entidades foram suspensos e a devolução dos descontos não reconhecidos será analisada pela Advocacia Geral da União.
Publicado por Nátaly Tenório
*Reportagem produzida com auxílio de IA