Grupo Toky: bastidores da assembleia que rejeitou excluir a cláusula de poison pill
As acionistas da Toky rejeitam proposta da Home24 e mantêm cláusula de proteção aos minoritários. A votação gerou um embate judicial e levantou questões de manipulação de mercado e disputas de controle acionário.
Disputa por Controle do Grupo Toky
A disputa pelo controle do Grupo Toky, formado pela fusão da Mobly (MBLY3) com a Tok&Stok, avançou após a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) realizada no dia 30. A maioria dos acionistas rejeitou a proposta da alemã Home24 para retirar a cláusula de proteção aos minoritários (poison pill) em uma potencial OPA.
A proposta da Home24, que possui 44,38% do capital, sugeria um preço de R$ 0,68 por ação, inferior à cotação de R$ 1,09, com um desconto de cerca de 85%. A maioria dos acionistas votou contra, avaliando o valor como desfavorável.
O resultado da votação foi considerado uma “victória” pela família Dubrule, fundadora da Tok&Stok. Contudo, uma decisão judicial suspendeu os efeitos das deliberações, solicitando mais tempo para análise do caso.
As ações da Mobly chegaram a R$ 1,14, mas fecharam em queda de 2,75%, a R$ 1,06. O quórum da assembleia foi de 93%, com acionistas expressando sua rejeição ao risco de “destruição de valor”.
A família Dubrule busca retomar o controle acionário da Tok&Stok e a disputa chegou a vias judiciais, com denúncias de “conluio” e “manipulação de mercado” por parte da Mobly. A CVM e o Ministério Público estão envolvidos no caso, que deve evoluir após o dia 5 de maio.
A Mobly continua a defender a queixa criminal por manipulação de mercado, enquanto a família Dubrule espera reverter as decisões da assembleia através da Justiça.