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Grupo faz controle de fronteira por conta própria na Holanda

Cidadãos monitoram fronteira entre Holanda e Alemanha em busca de imigrantes, gerando tensão e críticas por parte das autoridades. Iniciativa ocorre em meio a um contexto político conturbado, com eleições antecipadas e crescente discurso anti-imigratório na região.

Políticas de Imigração na Fronteira Holanda-Alemanha:

Policiais da Holanda e Alemanha foram mobilizados no último fim de semana devido a grupos controlando a passagem de carros na fronteira à procura de solicitantes de asilo.

Os vigilantes, compostos por holandeses, dispersaram-se após a intervenção policial. A prefeitura de Ter Apel classificou essa ação como perigosa e ilegal.

O ministro de Justiça holandês, David van Weel, expressou compreensão pela frustração dos cidadãos, mas pediu para que tais iniciativas sejam evitadas.

A questão da imigração resultou na renúncia do primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, após o líder da ultradireita, Geert Wilders, retirar seu partido da coalizão de governo. Wilders, que não conseguiu se tornar premiê, criticou a falta de uma nova política de asilo mais restritiva proposta por seu partido.

Ele elogiou os vigilantes de Ter Apel, sugerindo que a iniciativa deveria ser implementada em toda a fronteira, até mesmo com participação militar.

As eleições holandesas foram antecipadas para 29 de outubro. A Alemanha, desde o ano passado, intensificou o controle nas fronteiras, desrespeitando o Tratado Schengen, após um ataque perpetrado por um refugiado sírio.

O governo atual, sob Friedrich Merz, mantém um discurso anti-imigratório, revisando a legislação de asilo, que afetará reunificações familiares para aqueles com proteção subsidiária.

Uma corte de Berlim decidiu, recentemente, que requerentes de asilo não podem ser expulso enquanto seu processo está em andamento, mas o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, afirmou que o sistema de asilo da UE não está funcionando.

A pressão para controle de fronteiras gerou uma iniciativa popular, com vigilantes afirmando que "nada está acontecendo" e decidindo agir por conta própria.

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