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Gripe aviária: por que alguns países barraram frango de todo o Brasil e outros só do estado ou município?

Exportações brasileiras de frango enfrentam restrições após caso de gripe aviária. O governo busca que países adotem bloqueios regionais para minimizar o impacto nas vendas internacionais.

Brasil é o maior exportador de frango do mundo.

Desde o registro do 1º caso de gripe aviária em uma granja comercial, mais de 20 países, incluindo China e União Europeia, suspenderam as importações de frango brasileiro.

Esses bloqueios são precauções contra a contaminação, não por risco ao consumo. Alguns países têm restrições específicas a produtos do Rio Grande do Sul, onde a granja afetada está situada.

O governo federal busca que os países adotem bloqueios mais restritos para minimizar o impacto nas vendas. A brutal dimensão do Brasil torna essa iniciativa essencial, afirma Ricardo Santin, da ABPA.

O caso em Montenegro (RS) é emblemático, pois nem a granja afetada nem outras do município exportam produtos avícolas. Assim, o impacto nas vendas para o exterior é praticamente nulo.

Entretanto, restrições de países como a China, o maior comprador do Brasil, impactam frigoríficos em todo o país.

Bloqueios e recomendações

  • A OMS recomenda paralisar importações de frigoríficos a 10 km do foco da doença.
  • No entanto, países têm autonomia para definir suas regras.
  • Bloqueios são frequentemente motivados pela precaução extrema.

Os países aguardam um relato do Ministério da Agricultura sobre as medidas tomadas para conter a doença antes de retomar as compras.

Sistema de controle sanitário

O Brasil possui um sistema robusto de controle sanitário na avicultura, estabelecido desde 1994. Isso ajudou a evitar a entrada da gripe em granjas comerciais por dois anos.

Flexibilização dos acordos

O governo brasileiro tenta convencer países a adotar bloqueios menos abrangentes, mostrando as etapas de fiscalização e controle da produção nacional de aves.

Apesar dos esforços, países como a Coreia do Sul e a China ainda não responderam ao pedido de regionalização.

Após o caso em Montenegro, o Brasil reforçou a tentativa de flexibilização do embargo com a China, enfatizando a necessidade de um esforço mais substancial para propor a regionalização.

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