Greta Thunberg, brasileiro Thiago Ávila e outros ativistas que levavam ajuda a Gaza de barco são detidos por Israel
Ativistas são detidos por Israel durante tentativa de entrega de ajuda humanitária à Gaza. O governo israelense alega que o barco estava em águas restritas e classifica a ação como uma provocação midiática.
Ativistas da Coalizão Flotilha da Liberdade relataram a detenção de seu barco, Madleen, por soldados israelenses enquanto tentavam entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza no dia 9 de junho.
A comunicação com o Madleen foi interrompida, e uma foto divulgada mostra pessoas com coletes salva-vidas e as mãos levantadas. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que o barco chegou em segurança a Ashdod e que os passageiros, incluindo os ativistas Thiago Ávila e Greta Thunberg, estavam ilesos, devendo ser repatriados.
Israel anunciou que o Madleen era um "iate de celebridades" e criticou os ativistas por tentarem "encenar uma provocação midiática". A organização Flotilha da Liberdade contestou, afirmando que o barco transportava ajuda simbólica como arroz e leite em pó.
Francesca Albanese, relatora da ONU, mencionou que o barco sofreu ataques, incluindo a presença de lanchas rápidas e aeronaves antes da detenção. O Hamas denunciou a interceptação como uma "violação do direito internacional" e pediu a libertação dos ativistas.
O Madleen partiu da Itália em 1 de junho com o intuito de alertar sobre a escassez de alimentos em Gaza. O Ministro da Defesa israelense ameaçou agir contra tentativas de romper o bloqueio, que Israel justifica para impedir armas de chegarem ao Hamas.
O bloqueio israelense em Gaza está em vigor desde 2007 e gerou críticas internacionais. Ativistas e organizações alegam que a situação humanitária é insustentável, com muitos enfrentando a fome e a violência.