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Grandes bancos veem na crise do Master chance de rever as regras de fundo que protege investidores

Discussões sobre a revisão do Fundo Garantidor de Crédito ganham força após o caso do Banco Master. A necessidade de regulamentações visa equilibrar riscos e garantir a proteção dos investidores no sistema financeiro.

BRASÍLIA - O caso do Banco Master, que vendeu CDBs com altos retornos, impulsionou discussões sobre a revisão do uso do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Bancos médios têm utilizado a propaganda do FGC, que protege investidores até R$ 250 mil, para captar recursos, o que gera custos aos grandes bancos por meio de seus depósitos.

Durante uma reunião em 4 de novembro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, discutiu com executivos do Itaú, Bradesco e Santander a necessidade de regras que evitem riscos excessivos, como os praticados pelo Master, que oferecia CDBs a 140% do CDI.

Há preocupações de que medidas rigorosas possam prejudicar bancos médios, que já enfrentam competição forte. Um participante da reunião comentou sobre a necessidade de equilíbrio na situação.

O balanço do Banco Master revela R$ 49 bilhões em CDBs no mercado, com R$ 7,6 bilhões vencendo no primeiro semestre deste ano, o que representa quase metade do total de R$ 107 bilhões do FGC.

Bancos da mesma categoria do Master (classificação S3) têm R$ 588 bilhões em CDBs, com menores instituições oferecendo maiores retornos para atrair investidores.

Ainda não houve decisão na reunião, mas o Banco Central deverá intervir em um cenário que opõe os grandes bancos aos médios. Uma proposta anterior sugere aumentar as contribuições de instituições que usam CDBs acima de seu patrimônio e exigir a manutenção de títulos públicos em seus balanços para desestimular operações arriscadas.

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