Governo vê receio de trava em emendas como saída para manter IOF
Governo tenta evitar derrubada do decreto que aumentou o IOF enquanto enfrenta pressão de congressistas e do setor privado. Ministros buscam alternativas para fortalecer arrecadação sem onerar a população.
Governo Federal acredita que congresistas não derrubarão decreto que aumentou o IOF, já que isso bloquearia emendas ao Orçamento. Espera-se arrecadar cerca de R$ 20 bilhões extras.
Integrantes da base do presidente Lula sugerem mudanças no decreto para evitar sua derrubada integral. Muitos líderes da Câmara e do Senado não foram informados sobre a elevação do IOF.
O Congresso, especialmente a Câmara, está articulando propostas para barrar a nova regra, com a justificativa de que a população não tolera mais impostos.
Executivo argumenta que, sem o aumento, políticas públicas para os mais pobres serão cortadas. Alguns no Legislativo concordam, mas acreditam que a comunicação falha do governo dificulta a aceitação popular.
Uma reunião de líderes, marcada para quinta-feira (29.mai.2025), abordará o futuro do decreto e as alternativas ao aumento do tributo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, aguarda um possível recuo do governo antes de pautar projetos que derrubem o decreto.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, enfrenta pressão de congresistas e do setor empresarial. Após reunião com bancos privados, ele se comprometeu a estudar alternativas para aumentar a arrecadação sem elevar o IOF.
Haddad tentará negociar um acordo com os presidentes da Câmara e do Senado ainda nesta quarta-feira (28.mai), após ser criticado por falta de avaliação política sobre sua decisão.
O episódio revelou o isolamento da Fazenda dentro do governo, com a Casa Civil e o presidente Lula não tendo tempo suficiente para analisar a repercussão negativa do decreto.
Integrantes do PT também expressaram desconforto com a reação ao monitoramento do Pix anteriormente proposto pela Receita Federal.