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Governo vê falta de transparência em criação de lei antidesmatamento da Europa

Governo brasileiro critica falta de transparência nas novas regras da União Europeia sobre desmatamento, temendo barreiras comerciais. Medidas previstas visam facilitar a importação na Europa, mas podem afetar negativamente pequenos produtores brasileiros.

Governo brasileiro expressa preocupação com a nova lei antidesmatamento da União Europeia, que começará a vigorar em janeiro de 2026, acusando o bloco de falta de transparência nas regras.

A Comissão Europeia anunciou um pacote no dia 15 de abril para "simplificar" a aplicação da lei, que inclui rastreabilidade de produtos como carne, soja e café.

O Itamaraty já iniciou diálogos com outros países exportadores para pressionar a UE por mais clareza. Até 30 de junho, os países serão classificados em baixo, médio ou alto risco de desmatamento. Se o Brasil for classificado como "alto risco", enfrentará barreiras mais severas para exportação.

O ministério destaca a falta de diálogo sobre regras que impactam o acesso ao mercado europeu. A lei busca reduzir a burocracia para empresas europeias, podendo gerar uma redução de até 30% nos custos administrativos.

Entretanto, o Itamaraty argumenta que a medida beneficia principalmente grandes corporações, deixando pequenos produtores de fora. Uma consulta pública da UE está aberta até 13 de maio para esclarecer as regras.

O Brasil está em busca de uma resposta legal para medidas protecionistas. Atualmente, um projeto de lei no Senado deve exigir que blocos econômicos respeitem padrões ambientais compatíveis aos do Brasil.

A nova Lei de Produtos Livres de Desmatamento entrará em vigor em 30 de dezembro de 2025 para médias e grandes empresas e 30 de junho de 2026 para microempresas.

As regras exigem prova de que os produtos não provenham de áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020 e uma declaração de diligência com informações de geolocalização e conformidade legal.

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