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Governo vai reduzir prazo para beneficiário manter Bolsa Família em caso de aumento na renda

Governo avalia alterar regra de proteção do Bolsa Família para conter gastos. Novas normas devem ser publicadas até o fim do mês, com possíveis reduções no prazo e limites de renda.

Governo Lula discute mudanças no Bolsa Família

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando cenários para reduzir o prazo da regra de proteção do Bolsa Família. Essa regra permite o pagamento parcial do benefício em caso de aumento de renda acima do limite estabelecido.

A medida foi aprovada pelo Congresso Nacional no pacote de contenção de gastos e precisa de regulamentação. É fundamental para garantir uma economia de R$ 7,7 bilhões já previsto no Orçamento de 2025.

Atualmente, a proteção garante 50% do valor do benefício por 24 meses caso a renda familiar ultrapasse R$ 218 por pessoa, mas fique abaixo de meio salário mínimo, ou R$ 759.

Discute-se a possibilidade de reduzir esse prazo para 6, 12 ou 18 meses, com a percepção de que dificilmente será menor que um ano. Também há simulações para baixar o limite de renda, mas essa mudança é considerada menos provável.

A expectativa é que novas regras sejam publicadas até o fim do mês. As alterações só valerão para novos casos, garantindo que quem já está sob a regra atual mantenha o pagamento por 24 meses.

Técnicos do governo consideram que mudar o prazo para beneficiários já existentes poderia gerar questionamentos legais, pois o benefício parcial é um direito adquirido.

A base legal para essas mudanças foi criada em um pacote de medidas de Fernando Haddad (Fazenda) e permite que o governo altere limite de renda e o prazo da regra de proteção, mas apenas para reduzi-los.

A regra de proteção foi criada para incentivar a busca de novas fontes de renda sem penalizar as famílias. Mudanças drásticas podem ter impactos negativos na política social.

O decreto de março já trouxe alterações, como um prazo máximo de 36 meses para o retorno de famílias ao Bolsa Família após perda do benefício, e entrevistas presenciais obrigatórias para novas inscrições de famílias unipessoais.

Resumo das possíveis mudanças:

  • Prazo de pagamento: redução de 24 meses para 6, 12 ou 18 meses.
  • Limite de renda: discussão para baixar abaixo de meio salário mínimo, com chances remotas.
  • Retorno ao Bolsa Família: prioridade para famílias que voltarem à pobreza em 36 meses.
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