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Governo vai criar indicador para medir risco de fome em famílias vulneráveis

Novo indicador vai auxiliar o governo a identificar famílias em risco de fome e direcionar ações prioritárias. Com o CadInsan, a meta é erradicar a insegurança alimentar e retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026.

Governo Lula cria indicador para medir fome

O governo Lula introduzirá um indicador para avaliar o risco de famílias no Cadastro Único passarem fome, chamado CadInsan. O lançamento está previsto para o fim de junho.

O objetivo é auxiliar o Ministério de Desenvolvimento Social a identificar municípios com alta concentração de famílias em insegurança alimentar grave e priorizar ações em áreas críticas. O plano é terminar o governo, em 2026, com o Brasil fora do Mapa da Fome da ONU.

O Brasil saiu do mapa em 2014, mas retornou em 2021. O índice de subnutrição atual é de 2,8%, e é necessário reduzir para 2,5% para ser retirado novamente. A próxima edição do mapa será divulgada em julho.

Atual pesquisa do IBGE indica que, no fim de 2023, 8,7 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar grave no Brasil. Em comparação, em 2022, esse número era de 33 milhões.

O CadInsan será uma ferramenta essencial para o monitoramento de políticas de alimentação e auxílio a populações vulneráveis, utilizando variáveis socioeconômicas para avaliar a situação nas comunidades.

Desigualdade Regional

Segundo dados do Censo do MDS, a Região Norte possui a maior insegurança alimentar, com quase 40% dos municípios afetados. O Nordeste segue com 38,8%.

Pará apresenta a situação mais crítica, com 10% dos lares com fome. Santa Catarina, com 1,5%, é a melhor situação.

Ações do Ministério

A secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome busca estruturar ações para garantir o direito à alimentação por meio do Sisan. O sistema possibilita articular medidas de segurança alimentar e garantir acesso à alimentação por meio de programas como o Bolsa Família.

A adesão ao Sisan é essencial; atualmente, menos de 30% dos municípios participam, mas as localizações que aderiram mostram melhores resultados no combate à fome.

A meta é aumentar a participação para 3 mil municípios até o final do governo.

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