Governo usa impostos para compensar má gestão, diz Ciro Nogueira
Ciro Nogueira critica proposta do governo para aumento de impostos, alegando impacto negativo no consumo e investimento. O senador afirma que o PP se oporá a qualquer aumento tributário sem cortes de gastos correspondentes.
Senador Ciro Nogueira (PP) criticou a medida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Nogueira afirmou que o imposto foi transformado em um instrumento arrecadatório devido à má gestão das contas públicas, impactando setores vitais.
A proposta, apresentada em reunião com Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) no dia 8 de junho, inclui:
- 5% sobre *LCI* (Letra de Crédito Imobiliário) e *LCA* (Letra de Crédito do Agronegócio)
- 18% sobre bets (aumento de 12%)
Nogueira enfatizou que o PP se opõe a qualquer aumento tributário sem um corte de gastos, delineando essa posição como inegociável.
Haddad, por sua vez, alcançou uma vitória política ao manter parte do decreto de aumento do IOF, enquanto outros impostos serão elevados para compensar a arrecadação do IOF.
Motta e Alcolumbre alegaram ter conquistado uma vitória, mas houve uma derrota política em relação aos presidentes do Congresso. Um aumento de impostos ocorrerá, mesmo que menor que o inicialmente planejado.
Novos Impostos:
- Impostos sobre bets (18%)
- Pasta de estados não afetará isenções do Simples e Zona Franca de Manaus
- Proposta de alterações no Fundeb e nos pisos de saúde e educação
Haddad mencionou mudanças nas alíquotas e isenções específicas para certos investimentos, como a operação de retorno de investimento direto estrangeiro e crédito de empresas.