Governo Trump quer intervenção direta em Columbia, diz jornal
A medida se intensifica em resposta aos protestos pró-Palestina na universidade, considerados antissemitas pelo governo. A intervenção pode resultar em pesadas multas e cortes de verbas federais, caso Columbia não atenda às exigências.
Governo Trump busca intervenção na Universidade Columbia através de um decreto de consentimento, conforme noticiado pelo The Wall Street Journal nesta quinta-feira (10).
A medida seria uma escalada nas pressões da Casa Branca contra a instituição, que já enfrenta a ameaça de cortes em verbas federais por não reprimir protestos pró-Palestina considerados antissemitas.
O decreto de consentimento permite que um juiz avalie se a universidade está cumprindo os termos de um acordo com o governo federal, aplicando punições se necessário.
Após perder US$ 400 milhões em recursos federais, Columbia concordou em adotar medidas como:
- Permitir detenções no campus;
- Retirar o corpo docente do controle do departamento de estudos sobre o Oriente Médio;
- Expulsar alunos e cancelar diplomas de participantes de protestos pró-Palestina.
As negociações para o retorno da verba seguem, mas a Casa Branca deve impor novas exigências, incluindo o decreto de consentimento.
Columbia pode optar por judicializar a questão, mas analistas acreditam que a universidade buscará uma solução rápida para evitar o fechamento de programas.
Ainda não se sabe a duração do decreto ou outras exigências do governo. O Departamento de Justiça considera Columbia um "ator de má-fé" em relação às mudanças requisitadas.
Os protestos pró-Palestina na universidade, que ocorreram ao longo dos últimos dois anos, são a razão pela qual se tornaram alvo do presidente, que considera essas manifestações antissemitas.