Governo Trump quer cancelar todos contratos restantes com Harvard
Trump planeja cancelar contratos federais com Harvard, avaliados em US$ 100 milhões, citando falta de compromisso da universidade com os valores e prioridades nacionais. A medida visa desestabilizar financeiramente a instituição e encorajar agências a buscar fornecedores alternativos.
Gestão Trump cancelará contratos federais com Harvard
A administração de Donald Trump planeja cancelar contratos federais de aproximadamente US$ 100 milhões com a Universidade Harvard. A medida foi comunicada em uma carta às agências federais, ordenando a busca por fornecedores alternativos.
Os cortes marcariam o fim de um relacionamento comercial de longa data, como descrito por um funcionário do governo. Anteriormente, o governo já havia congelado cerca de US$ 3,2 bilhões em subsídios para a universidade e tentado limitar a matrícula de estudantes internacionais, movimento contestado judicialmente.
A carta, datada de 27 de maio, pede que as agências apresentem até 6 de junho uma lista de contratos a serem cancelados. Contratos importantes não serão excluídos imediatamente, mas transferidos para outros fornecedores.
Contratos afetados incluem:
- US$ 49.858 dos Institutos Nacionais de Saúde para pesquisa sobre café.
- US$ 25.800 do Departamento de Segurança Interna para treinamento executivo.
A administração Trump alega que Harvard exibe viés progressista e desrespeita a proibição de considerações raciais nas admissões. Por outro lado, Harvard argumenta que suas ações são protegidas pela Primeira Emenda.
Além de buscar restabelecer US$ 3 bilhões em financiamento federal, Harvard tenta garantir a matrícula de estudantes internacionais, com uma audiência judicial marcada para o dia 29 de junho.
Durante a campanha, Trump criticou universidades como Harvard, sugerindo que são dominadas por "maníacos marxistas". Uma nova proposta de aumento de impostos sobre fundos patrimoniais universitários pode custar a Harvard cerca de US$ 850 milhões por ano.
O cancelamento da matrícula de estudantes internacionais representa uma ameaça ao futuro da instituição e de seus alunos, de acordo com o reitor Alan Garber, que classifica a ação como ilegal e injustificada.