Governo Trump divulga documentos sobre assassinato de Martin Luther King Jr.
Divulgação dos registros gera controvérsias e reações da família de Martin Luther King. O governo Trump enfrenta críticas por supostas motivações políticas em meio a outros escândalos.
Divulgação de Registros sobre Martin Luther King Jr.
O governo Donald Trump liberou nesta segunda-feira (21) centenas de milhares de registros do FBI sobre Martin Luther King Jr., apesar da resistência da família do ganhador do Nobel e do grupo de direitos civis que ele liderou.
A liberação inclui cerca de 230.000 páginas que estavam sob sigilo desde 1977. A família foi notificada previamente e revisou os arquivos antes da divulgação pública.
A Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, anunciou a divulgação nas redes sociais, mencionando que os arquivos contêm detalhes sobre o caso de assassinato e informações de um antigo companheiro de cela de James Earl Ray.
Os filhos de King afirmaram que seu pai enfrentou uma operação “invasiva e predatória” a mando de John Edgar Hoover, visando desacreditar o ativista e seu movimento.
A Conferência da Liderança Cristã do Sul também se opôs à liberação, denunciando a vigilância ilegal do FBI e grampos em escritórios e linhas telefônicas.
Em janeiro, Trump assinou um decreto para desclassificar registros relacionados a assassinatos, incluindo os de King e Robert F. Kennedy.
A divulgação acontece em um momento delicado para Trump, que enfrenta críticas de apoiadores sobre sua gestão de arquivos do caso Jeffrey Epstein. O reverendo Al Sharpton sugeriu que a liberação visa desviar a atenção da crise enfrentada pelo presidente.
Com informações do Estadão Conteúdo