Governo Trump divulga arquivos da morte de Martin Luther King
Documentos sobre a vigilância do FBI contra Martin Luther King Jr. revelam esforços para desestabilizar o movimento dos direitos civis. A família do ícone denuncia a tentativa de uso político dos registros e pede contexto histórico na análise.
Governo dos EUA divulgou, em 21 de julho de 2025, documentos do FBI sobre a vigilância contra Martin Luther King Jr. (1929-1968), contrariando o desejo de sua família.
Mais de 240 mil páginas foram liberadas, que estavam sob sigilo desde 1977. Os documentos estavam programados para serem mantidos em segredo até 2027, mas o Departamento de Justiça solicitou a liberação antecipada. Os registros estão disponíveis no Arquivo Nacional dos EUA.
A família de King released um comunicado assinado pelos filhos, Martin Luther King III e Bernice A. King, pedindo que os documentos sejam analisados em seu contexto histórico. Destacam que King foi alvo de uma "campanha invasiva e predatória" liderada por J. Edgar Hoover e o programa COINTELPRO, com a intenção de desestabilizar o movimento dos direitos civis.
Em apoio à transparência, a família se opõe a ataques ao legado de King. Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional dos EUA, chamou a divulgação de "sem precedentes" e elogiou o presidente Donald Trump pela ação.
O governo afirmou que, embora alguns documentos já tenham sido divulgados anteriormente, esta é a primeira vez que eles são publicados online em um acervo unificado.
Alveda King, sobrinha de Martin Luther King Jr., também elogiou a decisão, considerando-a um passo histórico em direção à verdade.
A divulgação ocorre em um momento com crescente pressão para liberar informações sobre Jeffrey Epstein, e segue uma ação semelhante relacionada ao assassinato de John F. Kennedy (1917-1963).
A liberação dos arquivos de King resulta de um decreto assinado por Trump em janeiro de 2025.