Governo sofre goleada no IOF, e tendência é pela derrubada completa da proposta na Câmara
A derrota na votação do IOF evidencia a crescente insatisfação dos parlamentares com o governo. O descontentamento se reflete nas críticas às medidas de arrecadação e à falta de cumprimento de acordos sobre emendas.
Derrota do governo na Câmara: A votação da urgência para derrubar o IOF resultou em um revés significativo para a equipe econômica. O desejo na Câmara é pela derrubada completa da medida, o que pode forçar o governo a cortar emendas parlamentares.
Parlamentares afirmam que o governo federal não cumpriu acordos sobre emendas, gerando insatisfação. Um líder comentou que “ninguém aguenta mais tanto falatório” dos integrantes do Planalto.
Além disso, há descontentamento quanto às constantes medidas de arrecadação, apresentadas com a narrativa de que o governo defende os pobres, enquanto o Congresso estaria apenas preservando privilégios. O aumento de impostos para as empresas impactará a economia e os consumidores.
O líder do governo, deputado Zé Guimarães (PT-CE), liberou a bancada para evitar constrangimentos durante a votação. Também circulou o boato de que a votação poderia ser simbólica, o que seria uma humilhação para a equipe econômica.
Em meio a isso, pontos da Medida Provisória começaram a ser contestados, com o deputado Átila Lins (PSD-AM) propondo a revogação de regras mais rígidas para o seguro-defeso. “Vou trabalhar pela supressão”, afirmou.
Para que o governo e o presidente Lula tenham responsabilidade fiscal, precisarão propor um pacote sério de contenção de despesas, em vez de novas medidas de arrecadação. O resultado da votação deve servir de alerta ao governo sobre sua atual estratégia, que está dando errado.