Governo quer manter aumento do IOF em 2025 e negociar alternativas só para 2026
Governo alega que emergência fiscal impede a revogação do aumento do IOF e promete apresentar medidas alternativas em dez dias. A partir de 2026, o Executivo busca negociar soluções que podem incluir revisões na isenção tributária.
Governo quer manter aumento do IOF em 2025 e negociar alternativas apenas para 2026.
Ministros de Lula (PT) informaram ao Congresso que não podem abrir mão da arrecadação e não há tempo para novas medidas este ano.
Na quarta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que a situação da máquina pública ficaria delicada sem o aumento do IOF.
A elevação afeta a contratação de crédito para empresas e a compra de moeda estrangeira. Haddad não considerou a revogação do decreto e ficou acertado um prazo de dez dias para o governo apresentar medidas estruturantes.
Esse prazo evitaria que a proposta da Câmara para derrubar o decreto do IOF fosse discutida, dado que a agenda da Casa será ocupada pelo 11º Fórum Parlamentar do Brics, de 3 a 5 de junho.
Haddad se reuniu com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), discutindo a alta do tributo como forma de equilibrar as contas públicas. Após o prazo, não haveria compromisso para postergar os PDLs (Projetos de Decreto Legislativo) que visam revogar o aumento.
Governistas acreditam ter apoio para manter a cobrança mais alta do IOF por mais seis meses, durante a implantação das medidas estruturantes. Motta aumentou a pressão, pedindo um plano alternativo em dez dias.
Haddad relatou que foi solicitado um plano de médio e longo prazo para o Orçamento, com propostas a serem apresentadas para 2026.
A reunião foi coordenada pela ministra Gleisi Hoffmann e pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que participaram juntamente com líderes no Senado.
Parlamentares de várias frentes estão pressionando pela votação da derrubada do decreto, com manifestações de apoio à revogação vindo de 13 frentes do setor produtivo.