Governo quer empurrar Pacote do Petróleo goela abaixo, diz economista
Adriano Pires critica pacote de medidas do governo que impacta o setor de petróleo e gás, alertando para riscos à saúde financeira da Petrobras e falta de diálogo com a indústria. A revisão da Participação Especial e incertezas sobre leilões preocupam especialistas do setor.
Diretor do CBIE critica "Pacote do Petróleo" discutido entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre Silveira.
Adriano Pires afirma que as medidas foram propostas sem diálogo com o setor, e estão sendo impostas "goela abaixo".
Objetivo: Aumentar a arrecadação federal em até R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 15 bilhões em 2026, totalizando R$ 35 bilhões do setor de óleo e gás.
Pires critica que as medidas visam resolver o déficit fiscal, não as necessidades do setor. Ele expressa preocupação com a saúde financeira da Petrobras, que pode ceder à pressão do governo, já que este é seu maior acionista.
Entre as medidas estão:
- Revisão da Participação Especial, que onera campos mais rentáveis;
- Revisão dos preços de referência do petróleo;
- Incertezas em leilões de novos campos.
Anabal dos Santos, ex-secretário da ABPIP, comenta que o governo está desalinhado, sem saber se quer avançar no setor ou usá-lo como recurso orçamentário.
Ele cobra atenção às necessidades dos pequenos e médios produtores, fundamentais para o emprego no setor.
Reunião no Palácio do Planalto: Objetivo de discutir medidas para aumentar arrecadação nos próximos anos, prevendo impacto significativo sobre o setor de óleo e gás.