Governo quer conectar todas Unidades de Saúde Indígena até 2026

Governo federal planeja interconectar unidades de saúde indígena até 2026

O governo brasileiro pretende assegurar acesso à internet de qualidade nas unidades de saúde indígena até o fim de 2026. O objetivo é a universalização da conectividade em todas as unidades até o final do próximo ano, segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.

Com a melhoria da conectividade, será possível implementar a infraestrutura de telessaúde, permitindo que indígenas acessem médicos especialistas sem deixar suas aldeias. Atualmente, dos 34 Dseis (Distritos Sanitários Especiais Indígenas), 19 oferecem serviços de consultas à distância por meio da internet banda larga do Programa Conecta Brasil.

Essa conexão pode beneficiar mais de 781 mil indígenas em um contexto onde o Brasil tem 1.693.535 indígenas, segundo o IBGE. Os Dseis são unidades descentralizadas que oferecem serviços via UBSIs (Unidades Básicas de Saúde Indígenas).

A conectividade também auxiliará na inclusão de dados clínicos e no contato de profissionais de saúde com suas famílias. Weibe destacou a dificuldade de recrutamento de profissionais para áreas remotas.

A implementação de mais de 700 pontos de conectividade exige maior aporte financeiro. A Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) estima uma necessidade de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões para resolver os vazios assistenciais.

Em 2023 e 2024, foram destinados R$ 500 milhões a cada ano, elevando o orçamento da saúde indígena para cerca de R$ 3 bilhões. Apesar do aumento, a demanda reprimida persiste, especialmente em saneamento básico, com 60% dos territórios sem acesso à água potável.

Os atendimentos a indígenas aumentaram de 9,18 milhões em 2018 para 17,31 milhões no ano passado. A Sesai está buscando parcerias e reorganizando sua gestão para ampliar a assistência.

Informações da Agência Brasil.