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Governo quer ampliar crédito a produtor de café para tentar reduzir inflação

Governo busca colaborar com agricultores para melhorar a oferta de crédito no setor cafeeiro. Medidas visam aliviar a pressão inflacionária e garantir o acesso a recursos para todos os portes de produtores.

Governo busca ampliar crédito ao produtor de café para reduzir pressão inflacionária sobre o produto, que teve aumento de 66,2% nos últimos 12 meses até fevereiro.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu ao Ministério da Fazenda para avaliar a contratação simultânea de créditos pelo Pronamp e Funcafé, visando aumentar a oferta de crédito ao produtor.

Atualmente, a regra permite que o produtor que usa crédito do Pronamp não acesse outras fontes no mesmo ano agrícola. A proposta é liberar o acesso ao Funcafé, ampliando o uso desse recurso.

O crédito do Pronamp é de até R$ 1,5 milhão por beneficiário, enquanto o Funcafé chega a R$ 3 milhões por cafeicultor. A mudança também atenderá agricultores de pequeno porte pelo Pronaf, que pode oferecer até R$ 250 mil.

Fávaro afirmou que as medidas podem aumentar a oferta de alimentos e reduzir preços internos. Números mostram que cerca de R$ 1 bilhão do Funcafé permanece sem uso devido às atuais regras de crédito rural.

O Pronamp oferece taxas de até 8% ao ano, muito abaixo dos 11%% do Funcafé, o que aumenta sua demanda. A proposta foi enviada ao Conselho Monetário Nacional para ajustes no Manual de Crédito Rural.

Dados do IBGE indicam que 88% dos produtores de café têm menos de 50 hectares. O diretor do departamento de Política de Financiamento, Tiago Nunes, destacou a necessidade de maior flexibilidade no crédito rural.

Além disso, o café está entre os 11 produtos com imposto de importação zerado, uma medida adotada para conter a inflação. Segundo pesquisa Datafolha, 49% dos brasileiros reduziram o consumo de café devido ao aumento de preços.

Os brasileiros mudaram seus hábitos alimentares, com 79%% adotando novas práticas, como sair menos para comer fora (61%) e comprar menos alimentos (58%).

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