Governo publica medida provisória com alta de receita em alternativa ao decreto do IOF
Governo muda tributação de aplicações financeiras para aumentar arrecadação em R$ 10 bilhões neste ano. Medida também eleva impostos sobre empresas e altera regras de isenção em títulos incentivados.
Governo Lula publica MP com mudanças na tributação de aplicações financeiras e aumento de impostos para algumas empresas.
A medida provisória foi divulgada no Diário Oficial da União como alternativa a um decreto rechaçado pelo Congresso.
Previsão de arrecadação: R$ 10 bilhões em 2023 e R$ 20 bilhões com as novas medidas.
- Abolição da isenção de Imposto de Renda (IR) para títulos incentivados (LCA e LCI), que terão tributação de 5%.
- Imposto de Renda uniforme de 17,5% para investimentos, incluindo criptomoedas.
- Aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio de 15% para 20%.
- CSLL das fintechs sobe de 9% para 15%.
- Aumento da taxação das apostas de 12% para 18%.
- Possibilidade de compensação de ganhos e perdas em todas as operações financeiras.
Prazo da MP: até 120 dias, mas alterações no IR só valerão a partir de 2026.
Ministro Fernando Haddad minimiza críticas do presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre aprovação das medidas.
A MP também limita o auxílio-doença a 30 dias e introduz ajustes no Seguro Defeso.
Recuo parcial no decreto do IOF, prevendo arrecadação menor, de R$ 6 a R$ 7 bilhões.
Alterações na tributação de previdência: somente aplicações acima de R$ 600 mil serão tributadas.
Congresso critica aumento de impostos e partidos como União Brasil e PP ameaçam rejeitar o pacote fiscal se não houver cortes de gastos.