Governo propõe meta fiscal de 0,25% do PIB e salário mínimo de R$ 1.630 para 2026
Governo estabelece superávit primário em 0,25% do PIB para 2026 e projeta aumento gradual até 1,25% em 2029. A previsão inclui também um reajuste do salário mínimo para R$ 1.630, com base em novos critérios de correção.
Governo estabelece meta de superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2026.
O anúncio foi feito pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento na terça-feira, como parte do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Projeções do governo incluem:
- 2027: superávit primário de 0,5% do PIB
- 2028: superávit primário de 1% do PIB
- 2029: superávit primário de 1,25% do PIB
A dívida bruta do governo deve atingir 84,2% do PIB em 2028, iniciando queda em 2029.
Compromissos de superávit nominal:
- 2026: R$ 34,3 bilhões
- 2027: R$ 73,4 bilhões
- 2028: R$ 157,3 bilhões
- 2029: R$ 210,7 bilhões
O projeto também prevê o salário mínimo em R$ 1.630 para o próximo ano, um aumento frente ao atual de R$ 1.518.
Esse ajuste considera uma variação real de no máximo 2,5%, conforme estabelecido pela lei sancionada no fim do ano passado.
As previsões para 2026 incluem:
- Receitas líquidas: R$ 2,577 trilhões
- Despesas primárias totais: R$ 2,594 trilhões
Apesar da meta de superávit, o governo espera um superávit de R$ 38,2 bilhões ao final de 2026.
A meta fiscal possui uma margem de tolerância de 0,25% do PIB, permitindo certo ajuste nos resultados.
O arcabouço fiscal, que limita o crescimento dos gastos a 2,5% acima da inflação, depende de ganhos na arrecadação, impulsionados por medidas como:
- Taxação de fundos exclusivos e offshore
- Melhor desempenho da atividade econômica
Apesar das medidas de controle de gastos, como limitação do reajuste do salário mínimo, os esforços são considerados insuficientes para estabilizar a dívida pública.